sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Folha de caderno

  Olhos evitando pessoas, não quero ver nenhuma multidão. Todos falam, ninguém escuta. Por mim eles já estão condenados.
  Cansei de observar é a minha vez de viver, espero não ter perdido tempo de mais. Meus amigos já morreram (isso foi superado ao longo dos anos) e minha família nunca existiu.
  Meus diplomas de nada valem no meu mundo, a escola apenas me ajudou a matar o tempo de imaturidade. Não que eu tenha amadurecido, mas agora tenho um pouco de noção. E quem sabe um dia alguma evolução?
  A mente dividida me confunde, as respostas sem perguntas estão embaralhadas. Não há como colocar ordem, mas a bagunça é decifrável.
  Vidas divididas em curtos parágrafos, e meu lápis não quer parar. Minha vitória é ter acordado a mente.
  Agora os estranhos saíram, e posso descansar com a minha música em paz.

3 comentários:

  1. Eu amo o modo que você lida com as palavras. E não importa se são poucos parágrafos, conheci pessoas que escrevem maravilhosamente bem, mas conseguem fazer textos grandes pouquíssimas vezes, na verdade, escrevem frases perdidas, que muitas vezes são melhores que textos muito longos. As vezes uma frase tem mais conteúdo do que uma redação de 30 linhas. Então, não se importe com o tamanho dos seu textos, isso é o de menos. Enquanto você continuar a escrever bem, não me importarei com isso, e tolo será aquele que se importar.

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  2. Isso é tão cotidiano, pra mim. Por mais que esteja tudo fora de ordem, eu sei como é, porque sinto. E sinto assim! Parabéns, de novo.

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  3. Nem preciso dizer como achei fofo seu comentário no meu blog, né? :3 E obrigada. Eu é que queria um pouquinho da sua escrita. Folha de caderno quase me resume em sala de aula, ou até na vida. Apenas observando, sem nada fazer, apenas com a vontade de viver.

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